Rasquilho é o rosto da evidente mudança na gerência do MosteiroRui Rasquilho tomou posse oficial como director do Mosteiro de AlcobaçaRui Rasquilho, há cerca de um ano director do Mosteiro de Alcobaça, tomou posse formalmente na passada semanaLiliana JoãoRui Rasquilho tomou posse oficialmente como director do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça no passado dia 4, numa cerimónia aberta ao público e realizada na Sala do Capítulo.
Depois de quase um ano como director interino e de se ter submetido a um concurso público em que obteve a classificação máxima de 20 valores, Rasquilho assumiu formalmente o lugar de director interino do Mosteiro de Alcobaça, prometendo dar continuidade aos projectos já iniciados, já que o Mosteiro “é quota importante do futuro da cidade e da sua região”.Marcada pela mudança e abertura do monumento ao exterior, a gerência do Mosteiro por parte de Rui Rasquilho tem vindo a abrir as portas do monumento às forças vivas da cidade de Alcobaça desenvolvendo uma interacção, há muito não vista, sendo a exposição “O Tempo e Moda” um exemplo dessa acção conjunta do Mosteiro e da população de Alcobaça. Rui Rasquilho salientou que é necessário conservar os monumentos porque não “poderá haver turismo cultural sem o resguardo da memória”, lembrando que “todos temos consciência dos valores patrimoniais que nos rodeiam e sabemos que temos de conservar e revitalizar o património”. O director do Mosteiro de Santa Maria é da opinião que é “urgente ir além dos duzentos mil turistas por ano” no Mosteiro, já que “Alcobaça é uma comunidade organizada que tem o direito de viver com as melhores condições e de sonhar em mantê-las ou até de alarga-las, e neste caso, o Mosteiro deverá ser um dos principais factores de coesão”. Numa alusão aos futuros mecenas que irão contribuir para a revitalização do monumento, e que actualmente são apenas a empresa Balbino & Faustino e a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcobaça, Rasquilho fala acção conjunta dos “encargos financeiros do Estado e dos mecenas, legislação e serviços competentes”, que têm de “ser considerados e ponderados” para que “o monumento caminhe para ficar, ao menos, próximo da sua auto-sustentabilidade.”Elísio Summavielle, presidente do IPPAR, referiu durante o seu discurso da tomada de posse que “o nosso património é um recurso, e esta é uma ideia que devemos vender pelo país”, como é o caso de Alcobaça que deve “desenvolver o potencial económico do Mosteiro”. O presidente do IPPAR salientou que “quando as forças vivas de uma terra estão unidas, o monumento está vivo e garantido”. Devolver o Mosteiro à populaçãoSão vários os projectos de dinamização do Mosteiro, como a intervenção na fachada e no escritório da Casa Museu Vieira Natividade, os quais deverá estar concluída brevemente, a reorganização do circuito dos visitantes na ala medieval do Mosteiro, a dinamização da Galeria de Exposições Temporárias da Ala Sul do Mosteiro e a criação de um hotel de luxo no espaço do antigo Lar Residencial de Alcobaça, “projecto que propus há trinta anos em Congresso de Especialidade” e que hoje é tido em conta pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) salientou o director. Rui Rasquilho acredita que é necessário “confrontar ideias e encontrar o caminho da solução”. Para além destas iniciativas, “em Julho será inaugurada uma exposição fotográfica sobre o património mundial da Croácia” e “no final de Agosto ou princípio de Setembro, em conjunto com o comissariado Jorge Pereira de Sampaio, haverá mais uma exposição, desta vez relativamente ao acervo da Casa Vieira Natividade, que contará com o apoio de todos os industriais de cerâmica, numa situação semelhante à actual exposição “O Tempo e a Moda”, uma acção conjunta com os comerciantes”. O director acredita ainda que “no final deste ano ou princípio de 2007, estarão em exposição, com o apoio da Biblioteca Nacional, obras que pertenceram à livraria do Mosteiro de Alcobaça.
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