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São Gião, mil e trezentos anos de história

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Rui RasquilhoO Presidente Fundador da ADEPAHaverá mil anos, talvez um pouco mais, que a “resistência” cristã peninsular construiu próximo do areal a sul da foz do rio Alcoa, uma ermida.O templo milenar terá sido construído por cristãos visigodos, ou talvez por maçarabes, o certo é que seriam todos ibero-godos. Em Portugal há mais dois exemplos […]

Rui RasquilhoO Presidente Fundador da ADEPAHaverá mil anos, talvez um pouco mais, que a “resistência” cristã peninsular construiu próximo do areal a sul da foz do rio Alcoa, uma ermida.O templo milenar terá sido construído por cristãos visigodos, ou talvez por maçarabes, o certo é que seriam todos ibero-godos.

Em Portugal há mais dois exemplos com leitura semelhante no norte do país – Balsemão e São Frutuoso, mas São Gião é o único exemplo conhecido desta arquitectura asturiana, ou se se prefeir leonesa, que resta tão para sul em território ibérico.Uma estrada, por enquanto imprópria, leva-nos por dois quilómetros da Ponte das Barcas à Quinta de São Gião onde, sob uma protecção adequada, que envolve o templo, hoje propriedade do IPPAR, se fizeram já as prospecções arqueológicas necessárias, embora não definitivas.São Gião é uma jóia de valor incalculável que temos na região a oeste da Serra dos Candeeiros, e é por certo o mais antigo templo ainda de pé ligado ao cristianismo, a sul do Mondego.Quando abrir ao público, poderá apreciar-se como os construtores destes espaços litúrgicos usavam o quadrado em forma de estrutura base, e como apreciavam a luz coada que os transportava, por certo ao ambiente das grutas ermíticas.A porta sul abre directamente para a iconostase, espaço de movimentação do sacerdote que em São Gião, fica separado do público por três arcos de ferradura, ainda com frisos em mármore, decorados com motivos geométricos.Se o templo teve abóbadas como em Santa Maria de Melque, próximo de Toledo ou São Tiago de Penalba na Galiza, os arqueólogos o dirão. Mas as frestas que coam a luz, essas vêem-se no espaço anexo ao qual se acede através de dois arcos em ferradura, apoiados numa coluna de mármore com capitel decorado com os habituais elementos fitomórficos, não tão exuberantes como os de Cebrian de Mazote em Leão ou São Tiago de Penalba.É indubitável que este diamante arqueológico, propriedade do IPPAR, este templo milenar é um incontornável elemento de turismo cultural, que deverá tão rapidamente quanto possível, ser colocado ao serviço do desenvolvimento regional no vasto quadro ibérico que guarda testemunhos da arte visigótica e moçarabe.

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