António Azeitona quando contestava traçado da varianteMunícipes discordam de traçado da variante à NazaréPerante o descontentamento o presidente da autarquia vai levar o traçado à próxima reunião do executivoAntónio Paulo“Incompetência”, “negiglência”, “conivência” e “má fé”. Estes foram alguns dos adjectivos que o munícipe nazareno António Azeitona utilizou na reunião da Câmara Municipal da Nazaré de segunda-feira, para enquadrar a tomada de decisão sobre o traçado da variante à vila. António Azeitona, proprietário de terrenos onde está projectado passar a variante, afirma ter sido apanhado de “surpresa” pela decisão da Estradas de Portugal (EP), que “escolheu o traçado que atravessa a malha urbana, corta propriedades privadas e até os armazéns da autarquia”. O munícipe questionou o presidente da Autarquia, Jorge Barroso, sobre quais as razões pelas quais a variante “não segue a direito por caminhos já existentes, fora do limite da zona urbana”. Mas este não foi o único munícipe a contestar o traçado escolhido, já que a par de outros dois, também a Associação de Defesa da Nazaré (ADN) retomou uma posição já veiculada anteriormente à fase de discussão pública do projecto. José Carlos Codinha, presidente da ADN, voltou a bater-se por um traçado que tenha em conta “a defesa do perímetro urbano da Nazaré, independentemente de saber quem são os donos dos terrenos”.
Respondendo às interpelações, Jorge Barroso, admitiu que é legítimo que “quem se sinta prejudicado defenda os seus legítimos interesses”, concluindo no entanto, que “a estrada tem de passar por qualquer lado, sejam terrenos privados ou públicos”. “Quem faz o projecto de traçado não está a ver se os terrenos são públicos ou particulares”, reforçou Barroso, argumentando, que o traçado só poderá ser questionado na óptica do desenvolvimento, prometendo levar o assunto à próxima reunião do executivo.O estudo do impacte ambiental do projecto, com duas opções e algumas alternativas, foi iniciado em Maio de 2002 e foi alvo de discussão pública de Outubro desse ano até Março de 2003. A EP resumiu a discussão a duas opções: uma no limite da zona urbana, a agora escolhida, e outra mais afastada da vila da Nazaré. Numa fase inicial, Jorge Barroso, ainda propôs a alternativa de fazer passar a variante pelo pinhal, aproveitando a estrada já existente. A opção não foi aceite pela Direcção-Geral das Florestas e depois de aprovado o traçado, a EP lançou em Junho do ano passado o concurso público para a elaboração do projecto, o qual só agora foi conhecido.A futura variante, com uma extensão de cerca de 5,5 quilómetros, será implantada a sul da actual Ponte das Barcas (no sentido sul/norte) e retomará a estrada nacional 242 na zona do Calhau, permitindo, desta forma, retirar o trânsito de passagem do centro da vila da Nazaré e melhorar as condições de fluidez do tráfego.
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