Nazaré está incluída numa zona de risco especialPortugal definiu 19 áreas de potencial perigo de contágio da gripe aviária As autoridades nacionais definiram 19 zonas de risco especial para a propagação da gripe das aves e entre elas figura a área geográfica Nazaré/Peniche/Caldas da RainhaAntónio PauloA área geográfica compreendida entre a Nazaré, Peniche e as Caldas da Rainha figura entre as 19 definidas na passada quinta feira pelo Instituto de Conservação da Natureza e pela Direcção Geral de Veterinária (DGV), como zonas de potencial risco de contágio da gripe das aves, devido à grande densidade de aves migratórias. A zona de risco Nazaré/Peniche/Caldas da Rainha – que ainda integra franjas dos concelhos de Alcobaça, Óbidos e Peniche – tem o seu epicentro localizado no Paúl de Tornada, estendendo-se por um raio de 12 kms. O Paúl é uma zona húmida relativamente vasta e de grande significado ecológico a nível concelhio, localizada no concelho das Caldas da Rainha, junto à recta da Tornada. Suporta uma avifauna nidificante rica e variada e serve de habitat de apoio às migrações pós-nupciais e à vernada de aves provenientes do Norte e Centro da Europa.
Com a elaboração deste mapa de risco especial, os mercados de aves estão proibidos na circunscrição geográfica das áreas definidas como de risco, anunciou a DGV, mas poderão realizar-se fora destas zonas, desde que obedeçam aos requisitos de segurança definidos pelas autoridades veterinárias. O local de venda terá de ser bem delimitado, podendo o solo ser coberto com uma lona ou oleado e os mercados limpos após o seu encerramento. Em caso algum, poderá haver a venda simultânea de galinhas, patos, gansos ou cisnes, aves exóticas e pombos ou rolas. Tem de haver um sistema de registo dos comerciantes e as condições de transporte e maneio autorizadas pelos veterinários municipais. Por outro lado, ainda que estejam previstas algumas excepções a autorizar pela DGV, nas explorações avícolas localizadas nas zonas de risco especial para aves migradoras, é proibida a manutenção de aves de capoeira ao ar livre, de acordo com o estipulado na decisão 2005/734/CE, a qual estabelece medidas de biossegurança destinadas a reduzir o risco de transmissão de gripe aviária de alta patogenicidade provocada pelo vírus da gripe do tipo A, subtipo H5N1, de aves em meio selvagem para aves de capoeira e outras aves em cativeiro. Correspondendo a um pedido da União Europeia, o mapa de risco elaborado por Portugal e agora divulgado pelo ICN e pela DGV, inclui como restantes áreas de risco a zona da barragem de Alqueva, a ria de Aveiro e a praia de Mira e a zona da Golegã, entre Vila Nova e Chamusca. São igualmente consideradas de risco, as áreas de Montemor-o-Velho, entre a Figueira da Foz e Coimbra, na albufeira do rio Mondego, e a zona entre Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António. As zonas da barragem de Odivelas, no Alvito, e da barragem do Roxo, em Beja, foram também classificadas como áreas de risco. A área da lagoa de Santo André, o estuário do Sado, entre Alcácer do Sal e Setúbal e as zonas em torno de Montijo, Alcochete e Coruche, são igualmente consideradas como de risco, devido à grande densidade de aves migratórias, apesar das suas rotas serem atlânticas e não provenientes do Sudeste asiático.
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